Portugal tem uma das maiores taxas de vacinação do mundo. Contudo, o debate sobre vacinar ou não as crianças está cada vez mais aceso, e são já vários os argumentos dos que são contra e a favor. Neste artigo apresentamos-lhe as diferentes posições, dando argumentos contra, como forma de iniciar a discussão desse tópico.

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Vacinar: Sim ou Não?

 

"A vacinação é uma intervenção artificial desnecessária"

Um dos argumentos apresentados, de quem se apresenta contra esta prática, prende-se com o facto de defender que as vacinas são uma intervenção artificial desnecessária. Consideram que não existe qualquer sentido em administrar doenças, através da toma de vacinas, para que o corpo consiga reagir e ganhar imunidade.

A posição a favor contraria o que foi afirmado justificando que a vacinação é o fator mais importante para a redução da mortalidade infantil e que só com o desenvolvimento da medicina preventiva se podem travar possíveis surtos e mortes, resultantes de doenças altamente contagiosas e sem cura.

"A vacinação não é obrigatória"

Embora o Plano Nacional de Vacinação não seja obrigatório, é fortemente recomendado. Muitos justificam a sua posição dizendo que por não ser obrigatório não têm de o fazer, sendo uma opção de cada um.

Há quem não vacine os filhos e quem escolha apenas quais as vacinas que quer dar. Independentemente desta ideia, é importante que compreenda que todas as pessoas que residem em Portugal podem ser vacinadas, mesmo que não sejam cidadãos nacionais, sem precisarem de prescrição médica e sem pagarem nada.

"Apoio os movimentos anti-vacinação"

O objetivo da Organização Mundial da Saúde era erradicar o sarampo até 2015, mas a meta está longe de ser cumprida. Os movimentos anti-vacinação, presentes nos países desenvolvidos, são os maiores culpados desta situação, na medida em que criam desconfiança e convencem cada vez mais pessoas a não optar por esta prática.

"As vacinas são tóxicas"

Certas pessoas acreditam que as vacinas são tóxicas e que estão relacionadas com o aparecimento de doenças como o autismo ou problemas intestinais. Segundo o médico de saúde pública Mário Jorge Santos, os componentes presentes nas vacinas têm pouca interação com o organismo, sendo bastante seguros. Desta forma, as reações à vacinação não vão além do inchaço, comichão e vermelhidão na zona da picada ou de uma febre passageira.

Em relação ao autismo, o estudo publicado por Andrew Wakefield apresentava dados manipulados e a informação não era verídica. Contudo, há ainda quem acredite e justifique a sua posição com o mesmo.

"Prefiro ter a doença do que tomar a vacina"

Outro argumento defendido é que o nosso sistema imunitário deve travar a doença, sem a ajuda de vacinas. Uma pessoa que tenha um estilo de vida saudável terá um sistema imunitário melhor preparado para lidar com infeções, mas muitas destas doenças podem matar ou provocar incapacidades permanentes, pelo que só a vacina as pode prevenir.

"Sei o que é melhor para os meus filhos"

Os pais devem zelar pelos interesses dos filhos e garantir o bem-estar dos mesmos. Ao não vacinarem os filhos, a decisão que foi tomada por eles poderá ter consequências neles mas também em outras pessoas, porque o sucesso da vacina está apenas perto dos 100%. A proteção das crianças é garantida porque há imunidade de grupo, o que só é possível através de taxas de vacinação superiores a 95%.

"Não concordo com o Plano Nacional de Vacinação"

A posição de quem é contra centra-se também no Plano Nacional de Vacinação. Consideram que contempla demasiadas vacinas e que tem ainda interesses económicos e políticos, na medida em que o Estado ao dar vacinas, impede empresas de lucrarem com isso. Contudo, a principal função do Estado é assegurar o bem-estar dos cidadãos pelo que o Plano Nacional de Vacinação foi criado para a melhoria da qualidade de vida da população.

"As vacinas pagas são muito caras"

É verdade que as vacinas facultativas podem ser caras mas os custos de desenvolvimento das mesmas são também bastante avultados. Ao analisarmos a relação custo-benefício compreendemos que são mais vantajosas e baratas do que tratar doenças que possam surgir.

Dê segurança e proteção aos seus filhos vacinando-os. Use a medicina preventiva para que resistam aos períodos em que são mais sensíveis à doença. 

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