Um novo estudo publicado na Scientific Reports pode ter dado um importante passo em direção ao diagnóstico precoce do autismo. Através do exame de eletroencefalograma (EEG), usado para medir a atividade elétrica do cérebro, os especialistas conseguiram definir aos 3 meses de idade quais bebés tinham inclinação ao transtorno do espectro autista e até prever qual o grau de comprometimento.

O estudo realizado pelo Hospital Infantil de Boston, a Harvard Medical School e a Universidade de Boston, analisou 188 bebés, dos quais 99 tinham um irmão mais velho com autismo e 89 eram considerados de baixo risco.

Depois disso, eles foram acompanhados dos 3 aos 36 meses, quando geralmente é feito um diagnóstico. Dessa forma, os especialistas puderam avaliar quais previsões feitas a partir do EEG estavam corretas. A taxa de precisão superou os 95% a partir dos 6 meses.

"Os resultados são impressionantes. A precisão do diagnóstico foi de quase 100% aos 9 meses de idade, inclusive, do grau dentro do espectro autista", disse William Bosl, um dos autores. Outra vantagem é que o EEG tem baixo custo e não é invasivo.

Este estudo vem ajudar a dar um diagnóstico precoce e a diminuir a angústia dos pais, que chegam a esperar anos por uma resposta, e a preparar a família quanto à melhor formar de auxiliar a criança. Além disso, vários estudos demonstram que a intervenção precoce pode ser definitiva para que algumas barreiras do desenvolvimento da criança autista - principalmente de comunicação e comportamental - sejam superadas.

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